A discussão sobre preço do ingresso continua acirrada. Acusam clubes de elitizarem o futebol cobrando caro por um jogo. Sugerem até que abram mão do lucro nas Arenas para atrair mais torcedores. Claro que, algumas vezes para atrair o torcedor num momento onde o clube vai mal, precisa de apoio e não há interesse pelos seus jogos ou por puro populismo, baixam o preço. Em outros momentos, quando estão bem ou disputando título, elevam o preço, mas isso faz parte da economia de mercado, a tão falada lei da oferta e procura.
A montagem do preço envolve vários fatores como a capacidade do estádio, o dia e horário do jogo, o clima, a concorrência de outros eventos e atrações como shows, praia, o acesso ao estádio, a segurança, a credibilidade quanto à construção e manutenção do resultado do jogo, a qualidade do espetáculo, a falta de controle da meia-entrada e a gratuidade em geral.
A farra da meia-entrada e das gratuidades ao invés de baratear e/ou facilitar o acesso aos jogos, age no sentido oposto, como tudo onde o Estado quer “proteger” o cidadão fazendo benesses com o bolso alheio. Afinal, como o custo de operação continua o mesmo, esses valores precisam ser repassados a quem compra o ingresso.
No caso, não só os clubes de futebol, como organizadores de eventos, cinemas, teatros, fazem o cálculo do preço do ingresso levando em conta o percentual de público que vai se beneficiar dessas “vantagens”. Não há almoço grátis.
Quando idosos e menores entram gratuitamente, ocupam um lugar que poderia ser vendido. Logo esse valor terá que ser diluído entre todos os que pagam ingressos. Em alguns casos, o preço da meia é bem próximo ou é exatamente o preço do que deveria ser a inteira e, os que pagam inteira, acabam gerando uma margem maior para a operação do evento.
Em alguns jogos no Maracanã - estádio onde há a maior farra da gratuidade no Brasil - cerca de 60 a 70% dos ingressos são meia entrada e 10 a 20% são gratuidades.
Esse valor varia de estado para estado, às vezes até em municípios, mas em todos onde pesquisei há gratuidade apenas para menores de 12 anos, já idosos e estudantes pagam meia.
O caráter social que esses descontos deveriam ter, não existe. Primeiro porque é muito fácil tirar, comprar e até falsificar uma carteira de estudante. Além disso, um idoso de classe média alta, ou rico, pode ir ao estádio levando seus 4 netos, ocupando 5 lugares e não pagarão nada.
O que fica claro é que não é o poder público que deve definir os preços ou descontos dos eventos. O organizador é que deve ter essa responsabilidade, até porque, se ele precificar errado, muito acima, o evento será um fracasso. Se ele cobrar barato demais, levará prejuízo. Dessa forma, a ingerência do estado, mais uma vez, mesmo cheia de boas intenções, é maléfica.
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Fred Mourão - Gerente de Marketing e Relacionamento do Clube de Regatas do Flamengo 2013/14/15. Coordenador e Professor do MBA em Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan. Estudou Marketing na Universidade da Califórnia, tem MBA em Gestão pelo Ibmec, é graduado em Administração pela UERJ e cursou Gestão em Futebol na CBF
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