"Patrocinador só quero que apareça no clube uma vez ao ano pra assinar o cheque" disse um certo presidente.
"Jogador tem que se preocupar somente em agradar em campo” comentou um tal técnico de futebol que emendou, “nem eu nem os jogadores gostamos de ações de marketing”.
“O Marketing é que tem que trabalhar para fazer dinheiro para o clube, não o futebol trabalhar para fazer dinheiro para o marketing” jovem reconhecido e bem remunerado diretor de futebol de um grande clube
Já ouvi essas máximas várias vezes, de diferentes maneiras, mas com a atual estrutura moderna das equipes esportivas, e todos os custos envolvidos, o departamento de futebol e o de marketing precisam trabalhar em simbiose.
O futebol é o principal produto de um clube de futebol, então para vários boleiros, cartolas, diretores de futebol e técnicos, todo o clube deve trabalhar para o futebol, mas isso é uma visão míope pois na verdade é preciso que todos trabalhem juntos.
A falta de apoio do departamento de futebol
ao marketing é um ponto fundamental. Muitos dirigentes acreditam que o Futebol está
fazendo um favor quando autoriza alguma ação com patrocinadores, com Sócios
Torcedores ou de prospecção de mercado. O que deveria ser uma parceria muitas vezes é
uma guerra de egos, rivalidades, feudos.
O marketing trabalha para gerar dinheiro para o
clube com o envolvimento de todas as áreas, desde a administrativa-financeira,
passando pelo jurídico e principalmente como envolvimento da área fim, o
futebol. A quase totalidade da receita gerada será usada ali, logo mais uma razão
para o departamento de futebol ajudar.
Para essa simbiose funcionar, é preciso mostrar aos jogadores a importância deles como geradores de receita e
formadores de opinião, não só nos momentos que estão em campo, mas também onde
passam a maior parte do seu tempo, fora deles, deixando claro a necessidade de
se engajarem em campanhas sociais, de patrocinadores e para sócio torcedores,
afinal somente assim haverá interesse das empresas em investir no clube e por consequência
mais dinheiro para salários e premiações. E não esquecer jamais que,
como formadores de opinião e ídolos de milhares de crianças, seu comportamento
vai influenciar a formação desses jovens como pessoas e da sociedade como um
todo
Os atletas precisam estar conscientes, saber que cada ação sua, desde a comemoração de um gol até o que postam em redes sociais, como também sua vida particular, são de extrema relevância já que ele se tornou uma pessoa pública e, um atleta de alto rendimento, um ídolo, que atinge esse nível, perde o direito de ser "reativo", "espontâneo" e "autêntico" em público. Infelizmente.
Mas para tudo isso funcionar bem, os clubes precisam desenvolver uma cartilha básica de comportamento, como cláusulas pétreas de uma constituição, ou seja, para jogar naquele clube é preciso seguir determinadas regras, normas e comportamentos. Assim, esse passa a ser mais um critério na hora de contratar. Entender se o jogador em questão se adapta ao perfil do clube, à personalidade daquela entidade, e não ao contrário, como vimos acontecer por vários anos.
É
essencial investir não somente na parte físico, técnico e tático, mas também em
treinamento de como lidar com a mídia, como se comportar em relação às redes
sociais, a comentários e provocações de jornalistas que muitas vezes querem
apenas criar polêmicas, gerar audiência e cliques, não se importando muito com
as consequências de suas colocações ou mesmo com a veracidade delas.
O
produto que o clube tem a oferecer ao mercado é o futebol, então a participação
de atletas e até a comissão técnica e dirigentes em ações de engajamento do clube
precisa ser massiva e feita com boa vontade e, preferencialmente, num mundo
profissional, constando em contrato, e creio que, somente com todos esses passos, todos se engajarão e trabalharão juntos.
Lou
Imbriano, o executivo que levou o New England Patriots ao patamar que se
encontra hoje, dizia algo como: todos, do atendente ao presidente, precisam conhecer
a história e o perfil do clube, de onde veio, o que a marca quer comunicar,
o que ela significa, e assim entender o objetivo, onde quer chegar, como quer
ser visto, reconhecido no mercado. Todos devem estar envolvidos e conscientes
do espírito da marca, serem os guardiões do branding !!!
Me envie um email clicando aqui Fred Mourão
Fred Mourão - Gerente de Marketing e Relacionamento do Clube de Regatas do Flamengo 2013/14/15. Coordenador e Professor do MBA em Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan. Estudou Marketing na Universidade da Califórnia, tem MBA em Gestão pelo Ibmec, é graduado em Administração pela UERJ e cursou Gestão em Futebol na CBF
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Fred Mourão - Gerente de Marketing e Relacionamento do Clube de Regatas do Flamengo 2013/14/15. Coordenador e Professor do MBA em Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan. Estudou Marketing na Universidade da Califórnia, tem MBA em Gestão pelo Ibmec, é graduado em Administração pela UERJ e cursou Gestão em Futebol na CBF
Fiz um curso de Gestão Desportiva onde o Donizete estava na turma. Certa vez ele disse que quando chegou no benfica uma das primeiras coisas que fizeram foi levá-lo ao estádio, ao museu do clube e entregaram a ele livros e filmes do clube. Assim, ele poderia entender o clube e saber ao certo onde estava entrando.
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