terça-feira, 18 de abril de 2017

O Modelo ESTRELA - parte 5 – Qual meu objetivo? Como quero ser percebido pelo mercado?


Nas quatro primeiras partes do Modelo Estrela passamos inicialmente pelo reconhecimento da história do clube, ou o de onde vim? O segundo artigo foi sobre o entendimento do real tamanho e importância da entidade, ou o quem sou? Já no terceiro, escrevi sobre o entendimento de qual o lugar é ocupado no momento, ou o onde estou? No penúltimo texto discorri sobre o desconhecimento do perfil dos consumidores e como esses mesmos consumidores enxergam o clube, ou o como sou visto? E agora, no que seria o último passo, falo sobre a definição de metas, como quero ser visto, para onde vou?





Seria o último passo porque nossa estrela tem 5 pontas, mas, para fecharmos o desenho, é preciso voltar ao ponto de partida. Nunca se pode esquecer suas raízes, sua história, seu passado. Não se deve viver olhando sempre para trás, mas o passado, as experiências vividas, os títulos ganhos, os ídolos criados, nunca devem ser esquecidos. E assim, o Modelo Estrela se mostra um modelo cíclico, como um PDCA, onde se Planeja (Plan), se Executa (Do), verifica-se o funcionamento (Check) e toma-se as ações corretivas, de necessário ou padroniza a operação (Action).

No Modelo Estrela sempre se retorna a origem e se recomeça o trajeto para que não haja falhas na construção da personalidade da marca que se quer ter no clube.



Mas, voltando ao assunto desse artigo. Como quero ser percebido pelo mercado? Qual os objetivos? Onde queremos chegar?

Em 2011 a GfK, uma empresa de pesquisa de mercado, fez um mapeamento do conceito de personalidade de marcas. Esse trabalho mostrou que alguns clubes são percebidos de uma forma clara e definida pelo público em geral, e bem diferenciada de seus maiores rivais. Veja uma comparação abaixo, mas é preciso levar em conta que essa pesquisa foi feita em 2011 e muita coisa pode ter mudado na estrutura e comportamento dos clubes desde então.

         






Claro que essas diferenças percebidas são interessantes quando o clube quer conquistar e engajar patrocinadores, mas é dessa maneira que está na pesquisa que o clube quer ser visto? Se for, ótimo. Se não, há trabalho a ser feito.
Na verdade, sempre há trabalho a ser feito para ajustar a percepção não só dos torcedores, como também a do mercado e alinhar aos objetivos do clube.

Além de definir claramente qual a imagem que o clube quer ter, selecionando não somente o perfil de patrocinadores com os quais quer se envolver, como também perfil de jogadores, de administradores e estilo de jogo, é necessário definir metas financeiras a curto, médio e longo prazos e, além de todos esses pontos, é preciso definir, obviamente, o objetivo maior de qualquer entidade esportiva – quais os campeonatos que quer disputar, qual a classificação e os títulos que se quer obter e em que prazo.

Quando falo em definir o perfil dos patrocinadores a serem prospectados no mercado, lembro da postura do Barcelona, que desde o começo de todo esse projeto, não só selecionava os patrocinadores como também pagou para ter a Unicef em seu uniforme. Isso é maturidade. Profissionalismo. Branding. Talvez um dia cheguemos lá. Não só quanto aos anunciantes como também quanto aos patrocínios. É preciso selecionar os parceiros, e não aceitar qualquer dinheiro.





Em breve o artigo final do Modelo Estrela.







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